Pigmentos

Os pigmentos são componentes orgânicos, coloridos e insolúveis em água e em outros componentes da pasta de estampar não em grupos capazes de interagir com as fibras A ligação é feita de agentes de ligação, que são conhecidos como ligantes.

Tipo de reacção: Adsorção

Tipo de fibras: Todas

Campo de Aplicação: Têxteis Lar, T-shirts, vestuário de senhora, etc...

Os pigmentos são corantes insolúveis em água, não têm afinidade para as fibras nem reagem com elas, necessitam de uma resina chamada Iigante para os fixarem às fibras, estes são de aplicação universal (podem ser aplicados sobre todas as fibras simples ou mistura). Os pigmentos apresentam-se sobre a forma de dispersões aquosas.

Estes tem origem orgânica ou inorgânica, e dividem-se em:

- Pigmentos ordinários (origem orgânica! mineral)

- Pigmentos fluorescentes

Vantagem do processo de estamparia pigmentar:

• Não necessita de lavagem posterior (no caso da estampagem directa)

• Aplicável sobre todas as fibras simples ou mistura

• Número infinito de tonalidades

• Permite obter bons níveis de solidez à luz, mesmo em cores claras

• De fácil fixação: ar quente a 150ºC durante 5min.

Composição de uma pasta de pigmentos:

• Água

• Espessantes sinteticos (clear)

• Amoníaco

• Anti-espumas

• Emulsionantes

• Ligantes (binder)

• Reticulantes (fixadores)

• Amaciadores

• Auxiliares que facilitam a estampagem

• Pigmentos

• Catalizador (em casos especiais)

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Viscosidade das Pastas

 A viscosidade das pastas de estampar deve ajustar-se às características do desenho, dependendo das áreas a estampar e dos detalhes do desenho.

Esta não é uma constante das substâncias, depende da intensidade e duração do tratamento mecânico. No início da operação é fundamental para se obter um bom estampado.

A viscosidade pode ser feita através de um viscosímetro de rotação, com diferentes velocidades de rotação e “Spindles”.

   

A viscosidade deve ser:

     - Alta: Superfícies Lisas (requerem menos penetração)

     Contornos e pequenas figuras

- Menor: Artigos grossos.

          Grandes desenhos e grandes áreas a estampar.

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Corantes em Estamparia

 Os Corantes devem ter as seguintes propriedades:

- Facil dissolução

- Fácil difusão através do filme do espessante, antes da sua absorção pela fibra

- Bons índices de solidez.

- Fácil eliminação com lavagens sem manchar as partes não estampadas.

Fibras	Corantes
Celulósica (CO)	Pigmentos, reactivos, cubas
Poliéster (PES)	Dispersos, Pigmentos
Poliamida (PA)	Complexo metálicos
Lã (Wool) e Seda (S)	Complexo metálicos e ácidos
Acrílico (PAC)	Catiónicos, Pigmentos
Acetato (CA), Triacetato (CTA)	Dispersos e Pigmentos

Pigmentos	Corantes Reactivos
Insolúvel	Reage quimicamente com a fibra
Sem afinidade	Humidade
Fixado através de Resina	Temperatura
Termofixação	Alcali, pH alcalino
	Termofixação
	Vaporização

O Sistema base de pastas de estampar é:

  x g        corante

  y g        espessante

1 000g

É sempre referido g/Kg

As receitas de cor podem ser realizadas de duas formas:

- Pesagem directa

- Cortes

Tipos de Pasta

Pasta mãe: Representa a pasta de corante na sua intensidade máxima no geral 50-60 g de corante e o complementar para l000g de produtos auxiliares.

Pasta de corte: contém os mesmos elementos que a pasta mãe excepto o corante, o seu objectivo é tornar mais clara a cor mãe ou a obtenção duma cor derivada a partir de misturas de várias cores mãe.

Cortes:

1:1       500g de pata mãe + 500g de pastade corte

1:3       250g de pata mãe + 750g de pastade corte

1:7       125g de pata mãe + 875g de pastade corte

1:15       62g de pata mãe + 938g de pastade corte

1:31       31g de pata mãe + 969g de pastade corte

1:63       15g de pata mãe + 985g de pastade corte

Se queremos calcular em função da quantidade de corantes, então teremos na base de 50g/Kg:

1:1       contem 50:2    25g corante/kg pasta

1:3       contem 50:4    12,5g corante/kg pasta

1:7       contem 50:8    6,25g corante/kg pasta

1:15     contem 50:16  3,125g corante/kg pasta

1:31     contem 50:32  1,5625g corante/kg pasta

1:63     contem 50:64  0,7814g corante/kg pasta

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Pastas de Estampar

A Estamparia é definida como um tingimento localizado, no entanto, não existe qualquer relação de banho que possibilite a movimentação do corante ou a sua montagem na fibra.

Assim, as pastas de estampar são compostas por vários elementos que permitem a sua difusão nas várias fibras, de modo a obter-se boa penetração, bom rendimento e bom recorte.

As pastas têm de ter uma determinada viscosidade, de forma a que os desenhos não alastrem, e que a quantidade de corante depositado à superfície da fibra seja tecnicamente a desejada.

As pastas contêm obrigatoriamente um espessante, que vai proporcionar a viscosidade pretendida, contêm também produtos auxiliares necessários à fixação dos corantes.

A viscosidade da pasta de estampar deve ajustar-se às características do desenho, e é especialmente ditada pelas áreas a estampar ou por pequenos detalhes do desenho.

A pasta de estampar é composta por elementos que permitem a sua difusão nas várias fibras de modo a permitir boa penetração, bom rendimento e bom recorte.

           É também composta por viscosidade calculada de forma a que os desenhos não alastrem, e que a quantidade de corante depositado à superfície da fibra seja tecnicamente a desejada

              A composição normal das pastas de estampar é:

                        - Espessante

                        - Dispersantes

                        - Emulsionadores

                        - Reguladores da viscosidade

                        - Anti-espumas

                        - Amaciadores

                        - Molhantes

                        - Catalisadores

                        - Corantes/Pigmentos

                        - Lubrificantes

                        - Água (nem sempre, ex: plastisois)

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Colorimetria

Em estamparia peça à peça a formulação das pastas ainda é efectuada em muitos casos por técnicas empíricas, com base na experiência usando termos de comparação.

Cor Desejada

Adição de corante até atingir a cor

Custo muito elevado

Deve-se conhecer o triângulo de cores.

Não usar formulações de cor com mais de três corantes por pasta.

Pastas o mais económicas possíveis.

Maior reprodutibilidade e fiabilidade das cores.

Como elaborar-se uma cor nova:

- Mistura de cores que já existem em stock.

- Quando não são suficientes para toda a produção, usam novas formulações e/ou novos pigmentos.

- Não misturar pastas a base de água com outras que não sejam (lacas/plastisois).

- Corantes e pastas compatíveis

A imitação de cores depende da:

- Selecção de corantes.

- Propriedades colorimétricas

- Aplicabilidade ao substrato

- Processos de estamparia

- Propriedades de solidez

- Custo

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Cozinha de Cores

             A criação das pastas pode ser por sistemas manuais, ou por cozinhas de cores completamente automatizadas, com sistemas robotizados e informatizados.

Vantagens das cozinhas automatizadas:

- Redução de mão-de-obra

- Redução do tempo de preparação

- Evitam perdas de pastas e de corantes

- Aumento do rendimento da maquina de estampar

Maquete de uma cozinha de cores automática.

	Legenda:	8-	Unidade de mistura automática
1-	Unidade de preparação de espessantes	9-	Unidades de bombagem de espessante e de filtração
2-	Unidade de doseamento volumétrico	10-	Distribuidor super-compact
3-	Injectomat Junior	11-	Transportador
4-	Bomba de transporte de espessante com filtros	12-	Dispositivo
5-	Reservatórios de espessante	13-	Dispositivo de mistura automática
6-	Distribuidores manuais de doseamento	14-	Sistema automático de manipulação de amostras
7-	Medidor de fundo electrónico Próximo Tema: Colorimetria Todos os Links sobre Estamparia	15-	Sala de controlo logístico.

Termofixação

O objectibo da termofixação é equilibrar as tensões interiores das fibras sintéticas originadas no seu fabrico ou na sua manipulação.

A termofixação realizada à temperatura adequada a cada fibra, provoca o relaxamento das tensões internas das fibras

A termofixação das fibras sintéticas faz-se geralmente antes do tingimento, e tem vantagens, tais como:

- Termofixação feita a altas temperaturas sem haver o perigo de alteração dos corantes.

- Fácil manuseamento e comportamento do artigo e menor enrolamento das “ourelas” ao tingir ou acabar, graças à estabilidade dimensional adquirida.

- Reduz a probabilidade de formação de vincos durante o processo de tingimento.

Se um artigo não for fixado, as tensões interiores da fibra manifestam-se na lavagem, na tinturaria, secagem, estamparia etc., produzindo deformações nas dimensões, encolhimento e enrugamento.

	Ar Quente (rámula)	Encolhimento	Vapor Saturado ( autoclave)
PA 6	190ºC (30-60’)	8-10%	130ºC
PA 66	180ºC (30-60’)	8-10%
PES	215ºC (15-60’)	16%-18%
PAC	140-180ºC (15-30’)	?
TC	180-215ºC (15-60’)	1-5%

Avaliação da Termofixação:

O teste mais utilizado é do encolhimento:

- O material é fervido durante 30 minutos num mecanismo com rotação. Em seguida é centrifugado, seco ao ar e medido.

Para usos correntes são considerados bem estabilizados os artigos com um encolhimento cerca de 1-2%.

Como a terminação modifica a estrutura interna da fibra (alternando as características tintoriais), é necessário que ela seja feita com muita uniformidade, quer ao longo quer através do artigo. E ainda necessária uma boa reprodutibilidade de partida para partida.

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Branqueio

O branqueio é a operação que permite a eliminação do corante natural que se encontra sobre as fibras (pigmento), assim como os restos de cascas.

Uma outra forma de branqueamento, não só por eliminação do corante natural, mas por adição de agentes branqueadores ópticos (branqueamento óptico).

Os branqueamentos diminuem o grau de polimerização (DP) do algodão (tamanho das cadeias das moléculas) que consequentemente provoca uma diminuição da resistência do algodão.

A presença de metais especialmente Fe, Ou, Zn, Mn podem originar abaixamento da resistência e do grau de branco, por perda de H₂0₂.

Branqueamento é efectuado usando diversos agentes oxidantes:

- branqueio com hipoclorito de sódio

- branqueio com peróxido de hidrogénio

- branqueio com clorito de sódio

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Fervura Alcalina

A fervura alcalina é um tratamento com uma solução alcalina (com bom poder dispersante e sequestrante), a uma temperatura próxima da ebulição, permitindo a eliminação dos seguintes compostos:

- gorduras

- ceras

- pectinas e proteínas

- sais minerais

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Caustificação

 A caustificação é um tratamento alcalino, efectuado com soda caustica em concentrações mais baixas do que na Mercerização, sem tensão.

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Mercerização

 A Mercerização é o tratamento de artigos de algodão e/ou outras fibras naturais compostas por celulose numa solução de soda caústica concentrada (300g/l), sob tensão e à temperatura ambiente.

A acção da soda caustica revela-se por inchamento da fibra e uma simultânea contracção no sentido longitudinal, modificando a estrutura morfológica da fibra dando assim origem a uma superfície mais brilhante permanente ao uso e àlavagem.

O tempo de impregnação é de 30 segundos a 1 minuto dependendo do estado do material.

Esta operação é tradicionalmente feita a frio, obrigando a uma instalação de arrefecimento dada a libertação de calor que se dá na reacção.

Vantagem da Mercerização:

• Afinidades tintoriais mais elevadas;

• Maior estabilidade dimensional dos artigos;

• Aumento do brilho;

• Aumento da resistência à tracção;

• Melhor cobertura do algodão morto e/ou imaturo;

• Melhoria do toque (maciez).

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Desencolagem

 A desencolagem consiste na eliminação dos agentes Encolantes (“colas e gomas”) introduzidos nos fios de teia.

A desencolagem pode ser efectuada por impregnação dos tecidos com o banho enzimático ou não, imediatamente à saída da Gasadeira, actuando o próprio banho como extintor dos pontos de incandescência do tecido seguida da respectiva, avagem ou maturação em frio ou quente.

Estes são eliminados por uma lavagem alcalina com detergentes sintéticos (solúveis em água) ou desencolagem enzimática [amido e derivados (insolúveis em água)].

Os encolantes podem ser de 2 tipos principais:

- Hidrossolúveis (Encolantes solúveis)

• Resinas sintéticas,

•Foliacrilatos, alcóol polivinilico

• Certos derivados do amido.

 - Não hidrossolúveis (Se os Encolantes não são solúveis na água (ex. Amido)

É necessário solubilizá-los para depois proceder à sua eliminação por lavagem.

Hoje utiliza-se fundamentalmente a desencolagem enzimática para estes casos.

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Gasagem

A Gasagem é a operação destinada a queimar as fibras soltas à superfície dos artigos, sem atingir os de base.    

Os artigos de algodão e suas misturas com sintéticas têm necessidade de apresentar uma superfície regular e de toque macio, umas das causas da irregularidade da superfície do artigo é o pélo que o fio possui.

Além do toque, o pêlo pode ter grande influência no brilho do artigo, por interferir na reflexão da luz, deve ser eliminado quando se pretendem artigos de brilho acentuado.

Esta operação é utilizada em tecidos, malha e fio, e consiste em fazer passar o fio ou tecido por uma chama suficiente para permitir queimar o pêlo não afectando o material de base. Consequente diminuição de formação de borboto (“pilling”) nas operações posteriores.

A aplicação de tratamentos enzimáticos, é uma outra operação que permite a eliminação de pêlo dos artigos de algodão.

Cuidados durante a Gasagem:

• Evitar a fusão dos produtos de encolagem sintéticos

• Evitar a fusão do poliéster, em misturas PES/CO, e o endurecimento dos óleos de ensimagem

Factores a ter em atenção:

- Se a encolagem foi efectuada com resinas sintéticas, há que evitar a sua fusão, pois seriam difíceis de eliminar e provocar manchas na tinturaria.

- Endurecimento dos óleos de ensimagem das fibras sintéticas dificulta a sua posterior eliminação.

Parâmetros de Controlo:

• Altura da chama

• Velocidade do tecido

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