sexta-feira, 19 de março de 2021

Onde as flores desabrocham também desabrocha a esperança.

Onde as flores desabrocham também desabrocha a esperança.

"Onde as flores desabrocham também desabrocha a esperança."

- Claudia Alta "Lady Bird" Taylor Johnson

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Debuxo: Tafeta e Seus Derivados

     O TAFETA além de ser o debuxo mais simples é também o mais comum. Teoricamente pode ser considerado como a mais simples das sarjas (A1)/1.

Debuxo: Tafeta e Seus Derivados
Fig. Tafetá

Debuxo: Tafeta e Seus Derivados
Fig. Tafetá (cont.)

    O tafetá possui um ALINHAVO de 1. Por este alinhavo ser o mais pequeno possível, os tecidos obtidos são leves, pois com o alinhavo de 1 não é possível construir tecidos com um número de fios e passagens por centí­metro muito elevado.
    A tecelagem do tafetá requer imensos cuidados, a fim dos tecidos fica­rem perfeitos. A urdissagem da teia deve ser muito cuidada de modo que todos os fios fiquem com a mesma tensão. A tensão de inserção da trama tem que ser muito uniforme, pelo que, nos teares com lançadeira, as canelas devem ser cheias e desenroladas com uma tensão muito regular.
    A climatização do ambiente é um requisito essencial à preparação e tecelagem do tafetá.
    Os derivados do tafetá são obtidos por ampliação do alinhavo de 1, quer no sentido da trama, quer no sentido da teia, ou então simultaneamente nos dois sentidos. Em qualquer um dos casos podem existir debuxos regulares e irregulares. Nos debuxos regulares a ampliação é feita com alinhavos sem­pre do mesmo tamanho. Nos irregulares a ampliação é feita com alinhavos diferentes.
    No que respeita ao aspecto, os ampliados à teia dão tecidos com cane­lados horizontais enquanto que os ampliados à trama dão tecidos com cane­lados verticais. Os ampliados à teia e à trama dão pequenos efeitos de xadrez.
    A classificação dos derivados do tafetá pode efectuar-se da seguinte forma:
Debuxo: Tafeta e Seus Derivados


Debuxo: Tafeta e Seus Derivados
Fig. Ampliado à teia regular

Debuxo: Tafeta e Seus Derivados
Fig. Ampliado à teia irregular

Debuxo: Tafeta e Seus Derivados
Fig Ampliado a trama regular

Debuxo: Tafeta e Seus Derivados
Fig Ampliado a trama irregular

Debuxo: Tafeta e Seus Derivados
Fig Ampliado a teia e a trama regular

Debuxo: Tafeta e Seus Derivados
Fig. A Ampliado á teia e é trama regular (naté ou dois em cala)

Debuxo: Tafeta e Seus Derivados

Fig Ampliado à teia e à trama irregular

Debuxo: Classificação dos Tecidos

 

Debuxo: Classificação dos Tecidos

    A classificação mais comum dos tecidos baseia-se no número de teias e de tramas utilizado:

1 —TECIDOS SIMPLES—apresentam uma teia e uma trama

2—TECIDOS MÚLTIPLOS—formados por duas ou mais teias ou por duas ou mais tramas, ou então as duas coisas conjuntamente. Estes podem subdividir-se em:
a) FORRADOS POR TRAMA — uma teia e duas tramas
b) FORRADAS POR TEIA—duas teias e uma trama
c) DUPLOS — duas teias e duas tramas
d) TRIPLOS — três teias e três tramas

3—ESPECIAIS—tecidos que necessitam da utilização de teares espe­ciais para a sua produção (ex. veludos, carpetes, etc.).
Existem variadíssimas possibilidades de criar debuxos em tecidos e o seu aspecto varia de acordo com a estrutura utilizada. Contudo, a maior parte dos debuxos é derivada das três ESTRUTURAS FUNDAMENTAIS;
• TAFETA—tecido com aspecto granulado
• SARJA—tecido com cordões oblíquos
• CETIM—tecido liso e brilhante

A maioria dos tecidos utilizados’ no vestuário é produzida nos debuxos fundamentais. As diferenças entre eles podem ser devidas:
• ao debuxo ou estrutura em si
• à matéria-prima utilizada
• à geometria, título e torção dos fios
• à densidade de teia e trama dos tecidos
• ao tipo de acabamento utilizado.

Debuxo: Representações numéricas compostas

 

Debuxo: Representações numéricas compostas   

    Quando a estrutura só pode ser representada numericamente por duas ou mais ordens de tecelagem, a cada ordem da tecelagem deverá corresponder um avanço.

    O número de passagens ou de fios do modelo (avanço à teia ou à trama respectivamente) é dado pelo menor múltiplo comum entre as somas dos números que compõem cada uma das ordens de tecelagem individualmente.

    Quando existe apenas um avanço e diversas ordens de tecelagem, isto significa que o avanço é o mesmo para todas elas.

Debuxo: Método de construção

    A sequência sistematizada para a construção dos debuxos a partir da sua representação numérica é a seguinte:

1 — verificar se o avanço é à teia ou à trama.
2—somar os números que compõem a ordem de tecelagem:
a)Se o avanço for à teia, o resultado da soma é igual ao número de passagens do modelo.
b)Se o avanço for à trama, o resultado da soma é igual ao número de fios do modelo.
3—A partir de um PONTO BASE (primeiro pica do fio ou passagem inicial) colocado no canto inferior esquerdo, marcam-se os outros pontos base dos fios ou das passagens, conforme o avanço é à teia ou à trama. Esses avanços vão-se marcando até se encontrar o modelo.
4—A ordem de tecelagem é introduzida a partir dos pontos base. Se o avanço for à teia, a ordem é introduzida em cada fio; se o avanço for à trama a ordem é introduzida em cada passagem.

Debuxo: Método de construção
Fig. Estruturas com avanços simples
                                                           3    1  A1          3    13
                                                           2    2                2    2

Debuxo: Método de construção

Fig.  Estruturas com avanço composto
                                               4  4  1 A0+2                3  11+2                      
                                               3  2  2                        2  2


Debuxo: Representação Numérica de Estreturas

  

Representação Numérica dos Debuxos

    Existem vários métodos de representação numérica de estruturas. O método que vai ser utilizado neste capítulo tem-se demonstrado de grande eficiência e utilidade prática.

    A simbologia utilizada é a seguinte:
1 —A ORDEM DE TECELAGEM é constituída por um traço horizontal, contendo números na parte superior (PICAS) e na inferior (DEIXAS).
2— A DIRECÇÃO DO AVANÇO é indicada por meio de um “A” colocado à frente da ordem de tecelagem.
“A” — representa um avanço à teia
“— representa um avanço à trama
3—O valor do AVANÇO é representado por um índice numérico de “A” A fórmula geral é a seguinte:
a)no caso do avanço ser na direcção da teia:
             m     Ak                                                                 
             n
onde:
m =número de picas em cada fio
n =número de deixas em cada fio
A =avanço à teia
K =valor numérico do avanço

b) no caso do avanço ser na direcção da trama:
          m   k
           n
onde:
m = número de picas em cada passagem
n = número de deixas em cada passagem
 = avanço à trama
K = valor numérico do avanço

    Quando o AVANÇO é COMPOSTO, o índice K não é apenas um número, mas um conjunto de números ligados por sinais mais ou menos. Cada número corresponde ao avanço de um fio (ou passagem).

    Uma vez introduzidos todos os avanços, repete-se a mesma sequência até que seja encontrado o modelo.

Noções Fundamentais de Debuxo

    DEBUXO ou PONTO de um tecido é o termo utilizado para indicar tec­nicamente o modo como se efectua o entrelaçamento dos fios de trama com os fios de teia a fim de se produzir o tecido. Os cruzamentos segundo os quais os fios de trama e teia se combinam são ilimitados.

    A representação gráfica de um tecido é efectuado em papel quadri­culado—PAPEL DE DEBUXO—sendo os fios de teia representados pelo espaço entre as linhas verticais, e os fios de trama pelo espaço entre as linhas horizontais. Cada quadrado no papel representa a intersecção de um fio de teia—FIO—com um fio de trama—PASSAGEM.
    A pintura do debuxo inicia-se pelo quadrado situado no canto inferior esquerdo do papel. Cada quadrado pintado indica que, no tecido, o fio de teia passa sobre o fio de trama—PICA. Cada quadrado em branco indica que o fio de trama passa sobre o fio de teia — DEIXA.

Noções Fundamentais de Debuxo 
Fig. Representação de um pica (A) e de um deixa (B)


    O MODELO ou módulo de repetição é o menor número de fios e de passagens necessário para efectuar um debuxo. A repetição sucessiva deste módulo no sentido da teia e da trama produz o padrão do tecido.
    O pica ou deixa BASE é o pica ou deixa situado no canto inferior esquerdo, a partir do qual se inicia a construção do modelo.

Noções Fundamentais de Debuxo

Fig. Exemplo de modelo

    ALINHAVO DE TEIA é o número de passagens sucessivas sobre (ou sob) as quais passa um fio de teia. 

Noções Fundamentais de Debuxo 

Fig. 2.3 Alinhavo de 3 à teia

    ALINHAVO DE TRAMA é o número de fios sucessivos sobre (ou sob) os quais passa um fio de trama.

Noções Fundamentais de Debuxo

Fig. 2.4 Alinhavo de 3 à trama

    Os alinhavos de teia pelo direito contam-se em quadrados pintados na vertical, e os alinhavos de trama pelo direito contam-se em quadrados em branco na horizontal. No avesso do tecido, quadrados brancos na vertical correspondem a alinhavos de teia e quadrados pintados na horizontal cor­respondem a alinhavos de trama.

    AVANÇO OU AFASTAMENTO À TEIA é o deslocamento vertical dos picas (ou dos deixas) entre dois fios de teia consecutivos. O seu valor é igual ao número de passagens consecutivas, a contar de baixo no sentido vertical, entre um pica (ou deixa) base de um fio de teia e o pica (ou deixa) mais próximo do fio de teia seguinte.
Noções Fundamentais de Debuxo

Fig. 2.5 Avanço de 3 à teia

    AVANÇO OU AFASTAMENTO A TRAMA é o deslocamento horizontal dos picas (ou dos deixas) entre duas passagens consecutivas. O seu valor é igual ao número de fios de teia consecutivos, a contar da esquerda no sen­tido horizontal, entre um pica (ou deixa) base de uma passagem e o pica (ou deixa) mais próximo da passagem seguinte.

Noções Fundamentais de Debuxo

Fig. 2.6 Avanço de 3 à trama

    Analisando os debuxos da Fig. 2.7, pode verificar-se que os modelos têm o mesmo tamanho e alinhavos iguais, mas que o avanço é diferente, o que resulta em estruturas muito diferentes. Assim pode concluir-se que a noção de avanço se reveste de uma importância fundamental para o estudo da estrutura dos tecidos.

Noções Fundamentais de Debuxo

Fig. 2.7 Estruturas com avanços diferentes

Faz o que puderes, com aquilo que tens, onde quer que te encontres.

"Faz o que puderes, com aquilo que tens, onde quer que te encontres." -Theodore Roosevelt  + Frases

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