domingo, 28 de março de 2021

Resinas Termoendurecíveis

Acabamentos Resinas Termoendurecíveis
 As resinas termoendurecíveis fazem hoje em dia quase obri­gatoriamente parte do banho de acabamento dos tecidos con­tendo algodão ou viscose. Como o nome indica, trata-se de subs­tâncias que, sob a acção do calor, polimerizam e além disso reagem com a celulose. Podemos designar duma forma genérica por “acabamento por reticulação”, englobando os seguintes efeitos:
- Acabamento anti-ruga ou desenrugável (no-iron, wash-and-wear);
- Acabamento plissado permanente (permanent-press);
- Acabamento anti-encolhimento.

Os dois aspectos pretendidos - estabilidade dimensional e recuperação da ruga - são conseguidos graças não só à forma­ção dum polímero tridimensional no interior da fibra (sobretudo no interior das zonas amorfas) mas também devido à reacção com a celulose, formando-se pontes ou retículos.
Para além dos efeitos de melhoramento do ângulo de recupe­ração da ruga (a seco e a molhado) e da estabilidade dimensio­nal, este tipo de acabamento apresenta os seguintes efeitos secundários:
- Diminuição da resistência à tracção;
- Diminuição da resistência à abrasão;
- Grande sensibilidade do tecido ao tratamento com cloro;
- Eventual alteração da tonalidade da cor;
- Diminuição da solidez dos tintos e estampados, sobretudo no caso de corantes directos e reactivos, com excepção da solidez aos tratamentos a molhado (água, lavagem, suor, etc) que normalmente é melhorada;
- Eventual amarelecimento dos tecidos;
- Alteração do toque;
- Libertação de formaldeído.

A maior parte das resinas termoendurecíveis actualmente no mercado são à base de ureia e formaldeído (e incluímos neste grupo os chamados derivados de ureia cíclica) ou condensados de melamina e formaldeído. A descrição das características, van­tagens e inconvenientes que apresentam os diferentes produtos consta normalmente da literatura fornecida pelas casas que os comercializam.
Para a aplicação destas resinas, é fundamental que o tecido tenha sofrido um tratamento prévio adequado, nomeadamente uma boa desencolagem, fervura (boa e uniforme hidrofilidade) e na medida do possível uma mercerização.

As reacções da polimerização e reticulação da celulose só se efectuam duma forma apreciável na presença dum catalisador. Os catalisadores podem ir desde ácidos muito fortes (do tipo áci­dos de Lewis, etc) até ácidos fortes como o cloríd rico. A escolha do catalisador depende do grau de inchamento da fibra no momento da reticulação, ou seja, do processo de reticulação.

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