As resinas termoendurecíveis fazem hoje em dia quase obrigatoriamente parte do banho de acabamento dos tecidos contendo algodão ou viscose. Como o nome indica, trata-se de substâncias que, sob a acção do calor, polimerizam e além disso reagem com a celulose. Podemos designar duma forma genérica por “acabamento por reticulação”, englobando os seguintes efeitos:
- Acabamento anti-ruga ou desenrugável (no-iron, wash-and-wear);
- Acabamento plissado permanente (permanent-press);
- Acabamento anti-encolhimento.
- Acabamento anti-ruga ou desenrugável (no-iron, wash-and-wear);
- Acabamento plissado permanente (permanent-press);
- Acabamento anti-encolhimento.
Os dois aspectos pretendidos - estabilidade dimensional e recuperação da ruga - são conseguidos graças não só à formação dum polímero tridimensional no interior da fibra (sobretudo no interior das zonas amorfas) mas também devido à reacção com a celulose, formando-se pontes ou retículos.
Para além dos efeitos de melhoramento do ângulo de recuperação da ruga (a seco e a molhado) e da estabilidade dimensional, este tipo de acabamento apresenta os seguintes efeitos secundários:
- Diminuição da resistência à tracção;
- Diminuição da resistência à abrasão;
- Grande sensibilidade do tecido ao tratamento com cloro;
- Eventual alteração da tonalidade da cor;
- Diminuição da solidez dos tintos e estampados, sobretudo no caso de corantes directos e reactivos, com excepção da solidez aos tratamentos a molhado (água, lavagem, suor, etc) que normalmente é melhorada;
- Eventual amarelecimento dos tecidos;
- Alteração do toque;
- Libertação de formaldeído.
A maior parte das resinas termoendurecíveis actualmente no mercado são à base de ureia e formaldeído (e incluímos neste grupo os chamados derivados de ureia cíclica) ou condensados de melamina e formaldeído. A descrição das características, vantagens e inconvenientes que apresentam os diferentes produtos consta normalmente da literatura fornecida pelas casas que os comercializam.
Para a aplicação destas resinas, é fundamental que o tecido tenha sofrido um tratamento prévio adequado, nomeadamente uma boa desencolagem, fervura (boa e uniforme hidrofilidade) e na medida do possível uma mercerização.
As reacções da polimerização e reticulação da celulose só se efectuam duma forma apreciável na presença dum catalisador. Os catalisadores podem ir desde ácidos muito fortes (do tipo ácidos de Lewis, etc) até ácidos fortes como o cloríd rico. A escolha do catalisador depende do grau de inchamento da fibra no momento da reticulação, ou seja, do processo de reticulação.
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